Após uma longa ausência, as edições Lounge Guest estão de volta. Desta vez convidei uma amiga, Rita Costa, para fazer uma review do concerto dos Mono no Auditório de Serralves.
Nota: Reparem como também a Rita "adorou" o concerto do Dakota no Festival Para Gente Sentada
Dito isto, aqui fica o texto:
Mon(o)-Mental
Mono foi daqueles concertos que tão cedo não vou esquecer.
Iniciei a minha carreira no post-rock o ano passado com This Will Destroy You; e desde então não parei. Stephen O'Malley, God Is an Astronaut, The AllStar Project, Kayo Dot, pg.lost, Zu...Arrisco afirmar que Mono foi o melhor concerto que vi do género. Sim, sem dúvida.
Curiosamente, a Amplificasom que costuma efectuar todos os seus concertos no Passos Manuel; desta vez, decidiu mudar para o Auditório de Serralves. Excelente escolha de espaço. O som estava perfeito, ao contrário do concerto no MusicBox, Lisboa.
Uma lufada de ar fresco. Assim consigo descrever o que se viveu ontem, dia 10 de Março. Finalmente, o ano começou, depois de uns Arctic Monkeys não tão inspirados, de um Dakota-cuja-palavra-preferida-é-drown e de uns Camera Obscura que de substância têm zero.
Finalmente, vejo o meu primeiro grande concerto. A típica noite que não deveria ver a manhã, a típica noite que deveria, apenas, parar no tempo...
Essencialmente, Mono, vieram apresentar o seu mais recente álbum Hymn To The Immortal Wind, embora tenham recorrido aos antigos You Are There, One Step More And You Die, o Under The Pipal Tree e, por fim, Walking Clouds and Deep Red Sky, Flag Fluttered and the Sun Shined.
Logo a abrir, veio a Ashes In The Snow, juntamente com a Burial At Sea; simples mestrias instrumentais. Seguiu-se The Kidnapper Bell, que realmente, parecia que estávamos a assistir a um verdadeiro assalto (emocional, entenda-se); as músicas são tão perturbantemente belas que chegam a ser inquietantes, sentimos uma certa angústia. Todas estas peças musicais têm um verdadeiro clímax. Normalmente, um espectáculo tem um só auge.
Estes japoneses, pelo contrário, apresentavam-nos esse tal clímax em cada música que tocavam.
Numa só palavra: Monumental.